sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Bahia assinará acordo de cooperação com Equador e Co sta Rica após fórum internacional


Um acordo de cooperação técnica nas áreas de desenvolvimento territorial, tecnologias de convivência com o semiárido, pesca e manejo florestal entre o Governo do Estado e os países do Equador e Costa Rica. Esse é um dos resultados da realização, na Bahia, até sexta-feira (28/10), do VI Fórum Internacional de Desenvolvimento Territorial (click e saiba mais sobre o evento). 
O evento reúne mais de 400 participantes de todo o Brasil e representantes do Uruguai, Paraguai, Argentina, Equador, Costa Rica, Colômbia, Bolívia, Nicarágua e Espanha e é promovido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (Ilca), por meio do Fórum de Desenvolvimento Rural Sustentável (DRS) e de parceiros como a Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan) e dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e de Minas e Energia, o encontro tem como público-alvo membros de colegiados territoriais, atores sociais, gestores públicos e entidades de fomento do Brasil e dos demais países latino-americanos.
De acordo com o chefe de gabinete da Seplan, Benito Juncal, a Bahia é referência nacional em políticas de desenvolvimento territorial e o evento possibilita ampliar a visibilidade destas experiências. “O nosso objetivo é replicar a construção de um modelo de desenvolvimento sustentável e participativo, tendo os Colegiados Territoriais como espaço de articulação e integração entre as organizações da sociedade civil, os movimentos sociais e o poder público”. 
O representante do Ilca, Manuel Otero, destacou que a união dos países presentes no Fórum para reduzir a pobreza é um passo importante para conseguir romper esse ciclo vicioso. “É preciso políticas de inclusão sócioprodutiva. Se ao final do evento, elaborarmos algumas e compartilharmos em nossos países já teremos cumprido parte do nosso objetivo”.
Encontro – Na abertura do evento, na terça-feira à noite, no Grand Hotel Stella Maris, em Salvador, a socióloga e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Tânia Bacelar, abordou o modo exitoso como o Brasil, nos últimos anos, associou as políticas sociais e econômicas.
A discussão foi ao encontro ao objetivo do Fórum, que é promover o intercâmbio e a difusão das experiências dos países da América Latina no enfrentamento da pobreza, em especial, a rural, e também como discutir as estratégias de inclusão sócio-produtiva.
Bacelar ressaltou que o conceito de inclusão sócio-produtiva é mais amplo do que a inserção via mercado de trabalho e os países devem atentar para isso. “Devemos considerar as iniciativas que inserem o cidadão por meio da renda, a exemplo das políticas sociais, via serviços básicos como o acesso a saneamento, educação, e energia elétrica. Pó fim por intermédio da iniciativa produtiva, com destaque para a agricultura familiar e a economia solidária”.
Entre os avanços, a professora destacou que o próprio debate sobre inclusão sócio-produtiva é um ganho. “O que movimenta a economia mundial é a financeirização, onde os ativos mundiais em aplicações financeiras alcançam US$ 860 trilhões, enquanto que na esfera produtiva, que são as indústrias, fazendas e estabelecimentos comerciais, o valor é de apenas US$ 60 trilhões. Isso significa “que é possível ganhar bilhões sem gerar nenhum emprego. Basta apostar em uma ação ou na valorização de uma determinada moeda”.
Modelo de Desenvolvimento - A socióloga delineou o passo a passo de como o Brasil combinou política social com política econômica. A dinamização do consumo partiu de políticas sociais de transferência de renda que conseguiram, simultaneamente, elevar a renda das famílias e gerar demanda popular por bens dos setores modernos, a exemplo de automóveis, televisores e máquinas de lavar.
Com a ampliação do crédito abriu-se um leque de oportunidades de negócios. A política econômica estimulou o investimento em máquinas e inovação, bem como a elevação da produtividade, competitividade e exportações.
Dois exemplos combinados da política social e econômica são o Bolsa Família e a aumento progressivo do salário mínimo. A socióloga enfatizou que apesar da maior parte dos beneficiários do Bolsa Família estar no Nordeste, muitos desconhecem que 25% deles se concentram no Sudeste, que concentra a maioria das periferias urbanas. “A mudança na renda não muda só a vida da pessoa. Ela desperta a inclusão da população na vida social e econômica do país”.
Entre as “ousadias” do governo, Tânia citou o aumento do salário mínimo, que melhorou a capacidade de compra das pessoas. “Apesar de termos juros altos, os brasileiros não se preocupam com isso, só com o tamanho das prestações”.
Nas décadas de 50 e 60, o Brasil era a China de hoje. Vinte anos depois, o país se tornou a oitava maior e mais diversificada base industrial do mundo. Ao apresentar esses dados, Tânia enfatizou que nessa época não restavam dúvidas do potencial econômico do país. Porém, no lado social, o Brasil era completamente diferente.
“Dois terços da população estavam excluídos, em posições comparáveis com os países pobres. Só perdia para Honduras e Serra Leoa”, disse Tânia. O Brasil deixou de ser vulnerável às mudanças mundiais. Em 2002, a inflação anual chegava a 12,5%. Em 2010, atingiu a marca de 5,6%. Nesse mesmo período, as exportações também saíram de 60 para 202 bilhões de dólares.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A difícil tarefa de conquistar a classe C


Pesquisa mostra que ainda existe uma grande distância entre o que os homens e mulheres de negócios pensam e o que os consumidores de fato desejam


Empresas de diferentes setores começaram a perceber que vender para a classe C não é tão simples quanto pode parecer. Uma pesquisa realizada pelo instituto Data Popular entrevistou executivos de 210 companhias com faturamento acima de R$ 100 milhões, e 77% deles afirmam que suas empresas não estão aptas a atrair as classes emergentes. Essa porcentagem sobe ainda mais em alguns segmentos, como o da indústria, onde chega a 83%.
As dificuldades encontradas pelos executivos abrangem várias frentes, da estratégia à distribuição. De acordo com o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles, a classe C ainda é um mundo pouco conhecido para os executivos que estavam acostumados a criar, durante muito tempo, produtos para consumidores parecidos com os seus próprios perfis.


A pesquisa mostra que ainda existe uma grande distância entre o que os homens e mulheres de negócios pensam e o que os consumidores de fato querem. Um exemplo disso é que, enquanto a maioria dos executivos declarou que o preço é o principal fator nas escolhas da classe C, o levantamento descobriu que, na opinião dos consumidores da classe emergente, a decisão é tomada pela qualidade do produto.  “Com orçamento restrito, eles preferem levar para casa um produto com qualidade mesmo pagando um pouco mais por isso”, afirma Meirelles.
Pensando nisso, empresas têm tentado se adaptar a esse novo mercado se aproximando dos consumidores. A fabricante japonesa de equipamentos eletrônicos Sony, exigiu que seus executivos acompanhassem a rotina da classe C. Mais de 70 profissionais visitaram cerca de 200 casas de brasileiros, em alguns casos, os executivos chegaram a dormir na casa dos consumidores. “O trabalho nos ajudou a quebrar dogmas sobre a classe média emergente, como o que eles não usam todas as funcionalidades do equipamento”, disse o gerente de inovação e marketing da Sony Brasil, Carlos Paschoal, que participou das visitas.
Como resultado da imersão, a Sony lançou em outubro, um aparelho de som residencial que conta com luzes vermelhas e azuis e piscam conforme o ritmo da música tocada. O recurso foi adicionado após os executivos da Sony observarem que além de serem usados dentro de casa, os aparelhos também são utilizados para animar festas.
Outro paradigma sobre a classe C é de que os consumidores dessa classe reagem bem à abordagem da venda direta. A empresa aérea Gol não obteve sucesso ao tentar vender bilhetes aéreos de porta a porta, em 2008. Segundo o diretor comercial da Gol, Eduardo Bernardes, boa parte dos consumidores nunca tinha voado de avião e sequer conhecia a companhia, o que era um empecilho para o sucesso da venda. Com o fracasso da venda direta, a empresa abriu oito lojas físicas, o que, de acordo com a empresa, confere ao consumidor uma maior sensação de segurança, principalmente para o passageiro de primeira viagem: “Essa operação tem hoje o papel estratégico de atrair novos consumidores”, afirma Bernardes.
A desconstrução dos mitos sobre a classe C é uma prioridade para muitas empresas já que, cada vez mais, esse público deixa de ser um nicho e se transforma no principal mercado consumidor – 100 milhões de consumidores. Em alguns setores, como o de eletroeletrônicos, a nova classe média já representa metade das vendas. Em 2001, a representatividade da classe era de 20% da receita.  Já para as companhias de aviação, a classe emergente representa 48% dos passageiros.
Fonte: Exame

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Pernambuco Petroleum Business 2011, em Porto de Galinhas (PE)


Durante a Pernambuco Petroleum Business 2011, em Porto de Galinhas (PE), o gerente geral de Projetos Especiais da Petrobras, Roberto Alfradique, anunciou que o Programa Progredir já viabilizou 127 contratos de financiamento para empresas da cadeia de fornecedores da Petrobras, com operações que totalizam R$ 630 milhões. 

Deste somatório,  R$ 30 milhões são destinados a fornecedores da região Nordeste.

Governador assina protocolo de intenções para instalar fábrica de chocolate em Ilhéus

A região de Ilhéus sediará uma fábrica norte-americana especializada em chocolates para crianças. O protocolo de intenções para a instalação da unidade foi assinado nesta sexta-feira (21), em Paris, pelo governador Jaques Wagner, que está na França, participando do Salon du Chocolat, pelo presidente da empresa Kimmy Candy Company, Joseph Dutra, e pelo secretário da Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, integrante da comitiva baiana na capital francesa. 

Os executivos da empresa, que já vinham mantendo entendimentos com o governo baiano há vários meses, visitam a Bahia no próximo mês, quando se reunirão com os dirigentes das secretarias estaduais da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) e da Indústria, Comércio e Mineração (SICM) para discutir assuntos pertinentes à instalação da nova fábrica no estado.

 Segundo Eduardo Salles, o interesse pela região de Ilhéus se deve não só à proximidade da matéria-prima, o cacau, mas também em razão da logística que vem sendo implantada no local com o Porto Sul, uma vez que a companhia, além de visar o mercado interno, pretende exportar parte de sua produção para os Estados Unidos e Europa.

 O governador se reuniu durante toda a manhã desta sexta, em Paris, com empresários de segmentos diversificados do mercado, buscando a atração de novos negócios para a Bahia.

Agricultores terão curso de produção orgânica em Irecê, na Bahia, dias 25 a 27

Para promover o desenvolvimento sustentável através de práticas agroecológicas, o Centro de Formação de Agricultores Familiares de Irecê (Centrefértil), unidade da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), realiza, de terça-feira a quinta-feira próximas (25 a 27), curso de agroecologia, destinado a agricultores familiares de todo Território Irecê.

Durante o curso, ministrado pelo técnico da EBDA Edvaldo Reinaldo, os interessados poderão aprender, através de aulas teóricas e práticas, sobre as diferenças entre agroecologia e agricultura convencional, segurança alimentar, perigo dos agroquímicos, controle de pragas e produção de biofertilizantes. Os participantes ainda irão receber gratuitamente certificados e apostilas com o conteúdo abordado nas aulas.

Outras informações pelo telefone (74) 3641-3713 ou no próprio local, Avenida Raimundo Bonfim, em Irecê.

Pesquisador francês realiza palestra sobre coqueiro nesta nsegunda,24, em Aracaju

O cientista Roland Bourdeix , pesquisador sênior do Centro Francês de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), realiza palestra em Aracaju, na próxima segunda-feira (24), sobre a cultura do coco.

Intitulada ‘Coqueiros: a busca pelas variedades perdidas’, a palestra de Bourdeix em Sergipe é promovida pela Embrapa Tabuleiros Costeiros e abordará diversos aspectos da palmácea.

O pesquisador fará um histórico do coqueiro desde sua ocorrência natural nas ilhas tropicais antes do aparecimento do homem, passando pelo recorte cultural, em que a planta integra a vida e o imaginário das aldeias há milhares de anos. Ela abordará, também, o coqueiro enquanto cultura industrial, com o desenvolvimento de grandes plantações ao longo dos últimos dois séculos. O enfoque final é sobre o coqueiro enquanto cultura ligada ao turismo, como símbolo de lugares exóticos, e o seu papel ecológico.

Ele proferirá duas palestras na segunda-feira (24). A primeira, às 10h00, será no auditório da Embrapa Tabuleiros Costeiros. A segunda acontece no campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em São Cristóvão, no Nerem (Núcleo de Estudo de Pesquisa em Recursos Naturais) c+om foco específico para professores e estudantes de graduação.

As palestras são gratuitas e dirigidas a estudantes, professores e profissionais de ciências agrárias, viveiristas, paisagistas, pessoas que trabalhem com o ecoturismo e envolvidas com a produção e comercialização do coco.
Reunião Técnica

Bourdiex cumpre agenda técnica no Brasil participando da ‘Reunião técnica entre instituições de pesquisa nas áreas de recursos genéticos e melhoramento de coco’, promovida pela Embrapa em parceria com a UFS e a empresa Sococo.

O cientista francês debaterá com pesquisadores da Embrapa as ações desenvolvidas no Banco Internacional de Germoplasma de Coco (ICG-LAC), sediado no campo da Embrapa Tabuleiros Costeiros em Itaporanga D’Ajuda, no litoral sul de Sergipe, que será visitado pela comitiva, além de plantios em Neópolis, no Baixo São Francisco.


SERVIÇO
Palestra ‘Coqueiros: a busca pelas variedades perdidas’
Dia 24/10 (segunda-feira),
10h (todos), no auditório da Embrapa Tabuleiros Costeiros
15h (estudantes e professores de graduação) no Campus UFS – São Cristóvão - Nerem (Núcleo de Estudo de Pesquisa em Recursos Naturais)
Contato: (79) 4009-1316 / sac@cpatc.embrapa.br / Aline Moura

*Inscrição Gratuita

Bahia sediará 4º Congresso sobre Uso Racional de Medicamentos, de 23 a 26 de maio de 2012


O 4º Congresso sobre o Uso Racional de Medicamentos, que será realizado no Centro de Convenções da Bahia, de 23 a 26 de maio de 2012, foi tema de uma reunião preparatória, nesta quinta-feira (13), na Secretária da Saúde do Estado (Sesab). O evento debaterá a situação atual da política de medicamentos no país e os problemas gerados pelo uso inadequado de remédios.
Segundo o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) do Ministério da Saúde (MS), José Miguel do Nascimento, existe uma parceria entre a Sesab e o Ministério, para a realização do Congresso. “Acredito no comprometimento da gestão estadual. O evento discutirá os critérios de prescrição e uso de medicamentos, pois não valem os recursos para o acesso aos medicamentos, se o acesso não for qualificado”.
A parceria também contará com apoio da Universidade Federal da Bahia (Ufba), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e de outras entidades da área. O Congresso tem previsão de três mil participantes e será aberto para profissionais e estudantes da área, e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Conforme o diretor de Assistência Farmacêutica Sesab, Lindemberg Costa, o Congresso será importante para o estado. “Pela primeira vez a Bahia receberá um Congresso relacionado ao uso de medicamentos, oportunizando uma discussão sobre temas como acesso e uso racional de medicamentos, no contexto da atenção à saúde”, explicou.

domingo, 2 de outubro de 2011

Descoberta de petróleo e gás na Bacia de Sergipe-Alagoas, a 90km de Aracaju


A Petrobras confirmou a presença de acumulações de petróleo e gás em águas ultraprofundas na Bacia de Sergipe-Alagoas.

A descoberta representa uma nova província petrolífera na Bacia de Sergipe-Alagoas. Trata-se do primeiro projeto exploratório em águas ultraprofundas na parte sergipana desta bacia.

O poço, conhecido informalmente como Barra, está localizado em profundidade de água de 2.311 metros, a 58 km da costa do Estado de Sergie, a 90km de Aracaju.